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FÁBIO JAMAICA HOMENAGEIA PRATA DA CASA SÃO-CARLENSE, MEDALHISTA OLÍMPICO COM PLANO DE AULA

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AAANELSONPRUDÊNCIO

AAANELSONPRUDÊNCIO

O Prof. Fábio Jamaica fez uma homenagem póstuma ao Prata da Casa São-carlense que enalteceu o nome de São Carlos-SP para o mundo, Prof. Dr. Nelson Prudêncio.

Dia 23 de Novembro foi aniversário de falecimento de nosso mestre e fora o jornalista Cirilo Braga não tivemos nenhuma citação na cidade e no meio esportivo.

Segue na integra a fala do Jornalista:

Há cinco anos o esporte nacional perdia Nelson Prudêncio, ex-atleta e professor da Universidade Federal de São Carlos. Prudêncio protagonizou nas Olimpíadas do México em 1968 a mais sensacional disputa pela medalha de ouro no salto triplo com o soviético Viktor Saneyev e o italiano Giuseppe Gentile, quebrando o recorde mundial e olímpico por nove vezes consecutivas no mesmo dia.

O brasileiro conquistou a prata, o ouro ficou com o soviético e o bronze com o italiano.Prudêncio gravaria seu nome para sempre no panteão dos maiores atletas do Brasil. Ele nos deu a honra de viver em São Carlos até sua morte em 23/11/2012. Não há, porém, rua ou logradouro público na cidade com seu nome, finaliza Cirilo.

Prof. Fábio Jamaica que usa o esporte como instrumento de educação fez duas defesas do projeto em TCCs que são trabalhos de conclusões de curso no final do ensino superior de Pedagogia e Educação Física.

Hoje, em parceria com o Departamento de Educação Física da Universidade Federal de São Carlos, SME/Recreação desenvolve a base de iniciação esportiva e social de crianças das regiões do Santa Felícia e Vila Nery. Prudêncio que era Vice-presidente da Confederação Brasileira de Atletismo também era considerado herói olímpico fora no nosso país e esteve presente no Bicampeonato de Corridas de 5.000 metros, duas etapas vencidas por Fábio jamaica, em Ribeirão Preto e Uberlândia.

Segue o plano de aula desenvolvido para servir de referência a outros educadores que queiram aperfeiçoa-lo!

PLANO DE AULA SALTO TRIPLO NELSON PRUDÊNCIO

“NÃO SE ESQUEÇAM DE CITAR AS REFERÊNCIAS”

Introdução

Nos primeiros anos do atletismo moderno os melhores saltadores eram irlandeses e escoceses.
No salto triplo Irlandês os três saltos eram executados sobre a mesma perna (esquerda, esquerda, esquerda ou direita, direita , direita).


O salto triplo desenvolvido com passadas que se sucediam foi criado na Alemanha (direito, esquerdo, direito ou esquerdo, direito, esquerdo).


No início dos Jogos Olímpicos Modernos (1896) foi oficializado a seqüência de saltos esquerdo-direito ou inverso. Esta seqüência tem a designação inglesa de “hop, step and jump”, são as seguintes:
Primeiro vôo: o pulo (hop), Segundo vôo: o passo (step), Terceiro vôo: o salto (jump)

Melhores triplistas brasileiros em Olimpíadas

Ademar Ferreira da Silva

Nelson Prudêncio

Mundiais de Atletismo

João Carlos de Oliveira

Objetivo do plano de aula

Apresentar às crianças a história da modalidade do atletismo salto triplo realizando um plano de aula utilizando materiais recicláveis.


Após a parte teórica realizaremos atividades de maneira lúdica deixando um pouco de lado as rígidas regras das competições.
Visamos promover aos nossos alunos atividade física, promoção da saúde, interação social, espírito de aventura, valorização da natureza e do atletismo.

Idade

7 a 10 anos

Tempo estimado das atividades

Mínimo de 10 minutos em cada situação de aprendizagem e no máximo 50 minutos total em período pós-aula.

Metodologia

Para desenvolver as atividades de salto triplo utilizaremos os seguintes materiais:

9 Pneus (bambolês)
4 Caixas de papelão (barreiras)
3 Garrafas pet (cones)
2 Caixas de tinta guache
Guia (caso tenha alunos deficientes visuais)**
Giz e apito

As crianças ajudarão na confecção do material que será usado na aula, pintando as peças com a tinta guache. As cores chamativas tendem a estimular as crianças a participarem ativamente e cuidarem melhor do material.


Teremos como responsáveis pelas atividades um professor de Educação Física e quatro estagiários na área.**
Esse número de profissionais atende a uma sala de até 30 alunos, importante para que as crianças sigam em atividade sem esperar muito, fator que pode desestimular o aluno.

Caso seja necessário o estagiário (guia) virá a executar todas as etapas da aula com o aluno deficiente visual.

Desenvolvimento da atividade

Aproveitar esse momento para orientar sobre a importância dessas duas fases, alongamento e aquecimento antes da atividade principal, (ações didáticas).


Iniciar a atividade com um alongamento geral dando prioridade a membros inferiores pelo impacto causado nas partes articulares, musculares e ligamentares.


Em seqüência o aquecimento com brincadeiras, um trote leve ou aquecimentos específicos da modalidade como pequenos saltos e movimentos articulares. Prestaremos atenção na temperatura ambiente muito quente ou muito fria para analisar a necessidade do aquecimento.
Executar a atividade depois do aquecimento, na volta a calma dispor os alunos em círculo, sentados para discutir a aula dada.

1º Atividade

Espalhar os bambolês pela área de aula. Todos os alunos, dispostos em coluna, deverão saltar com os dois pés dentro dos bambolês, passando para apenas um dos pés, com o outro pé erguendo o braço, (Pula Saci).


Após todos passarem pelos bambolês termina a atividade.
Ressaltar a importância da lateralidade*.

Variação da atividade

Com a brincadeira “Siga o mestre” podemos passar alguns exercícios educativos de maneira lúdica já que as crianças adoram cantar e copiar o gesto dos adultos. Inserir na atividade esses movimentos específicos do atletismo é um fator de extrema importância para a coordenação da criança.*

2º Atividade

Dividir os alunos em três colunas.
Colocaremos os cones (pet) a alguns metros de distância da coluna. Ao sinal do professor, o primeiro de cada coluna corre até o cone e volta saltando com os dois pés paralelos, bate na mão do seguinte a cumprir o percurso.

Variação da atividade

Após todos executarem a atividade saltando com os pés paralelos farão a seqüência saltando apenas com perna direita, depois com a perna esquerda.

Perguntar com qual perna teve mais facilidade, pode ser que seja a perna mais forte do aluno e no geral será importante usá-la no ultimo salto*.

Aproximando da atividade específica da modalidade faremos todas as etapas do salto triplo, assim todos os alunos terão a oportunidade de vivenciar de maneira completa.

3º Atividade

Estipular no solo a distância que será colocado os três bambolês em seqüência para os saltos, iniciando-os a seguir.
1º salto + 2º salto + 3º salto = queda


Após o trabalho de saltos ensinaremos a queda com as duas pernas, importante para absorver impacto, essa preocupação é necessária caso a aula não seja dada em um gramado ou em caixa de areia.

Variação da atividade

Podemos colocar caixas de papelão de vários tamanhos entre os bambolês, deixando a caixa maior para o final, riscar o chão a seqüência dos saltos e utilizar os cones para marcar a área da corrida.

Avaliação

Criar pautas de observação para analisar as diferentes maneiras como as crianças executaram o salto triplo e o grau de desenvolvimento de cada uma delas. A partir da analise das pautas o professor pode fazer os ajustes com relação aos graus de dificuldades da atividade, com isso propor novos desafios e variações para as aulas a seguir.

Bibliografia

OLIVEIRA, M. C. M. de. Atletismo escolar: uma proposta de ensino na educação infantil.
Rio de Janeiro: Sprint, 2006

COICEIRO, G. A.. 1000 Exercícios e Jogos para o Atletismo. Rio de Janeiro: Sprint, 2005.

MIZUKAMI, M. G. N.; REALI, A. M. M. R.. Formação de professores, práticas pedagógicas e escola.
São Carlos: UFSCAR, 2002.

COSTE, Jean Claude.A psicomotricidade – Rio de Janeiro: Zahar, 1992.

FONSECA, Vitor da. Psicomotricidade. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

FREIRE, J. B. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da educação física. São Paulo: Scipione, 1989.

SOARES, C. L. Educação Física Escolar: conhecimento e especificidade. Revista Paulista de Educação
Física, São Paulo, supl.2, p.6-12, 1996.

 

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