Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:

Tocando agora: Carregando...

VEREADORES SE UNEM PARA DEFENDER NETO DE LUCÃO

Compartilhe:
5b7ca09b-4564-43b8-8f0c-6cd5bb2df074

Vereadores Leandro Guerreiro, Paraná Filho, Marquinho Amaral e Lucão Fernandes.

 

Por A Folha de São Carlos e Região

22/08/2018

 

O vereador Lucão Fernandes (MDB) usou a tribuna nesta terça-feira (21) para desabafar. Uma denúncia chegou à Santa Casa acusando um membro da família do vereador de ser privilegiado no atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Ao subir na Tribuna Livre da Câmara o vereador e também presidente da Comissão de Saúde do Legislativo relatou que recebeu uma ligação do secretário de saúde, Marcos Palermo, informando sobre a denúncia que recebeu em um envelope.

“O secretário queria saber sobre minha ida à Santa Casa no período da manhã de hoje e falou que recebeu uma denúncia em um envelope com uma carta, acompanhada de um conjunto de receitas, questionando como podia o neto de um vereador usar o SUS para adquirir um leite caríssimo”, disse o vereador,

 

O neto do vereador, que tem três anos, tem problemas neurológicos e sofre com crises de convulsão.

 

Vereadores encararam a ligação e a interrogação do secretário como coação, tendo em vista que no período da manhã Lucão, junto do vereador Leandro Guerreiro (PSB), fez uma visita ao hospital.

 

Em seu discurso, Lucão colocou em discussão o direito do neto usar o SUS. “Eu não sou tutor, sou vô. É minha filha quem cuida dele. Será que meu neto não tem direito de ter acesso ao SUS? O direito é vedado pra mim porque sou vereador?”, questionou. “Isso é muita maldade. Será que estão tentando me coagir pelos trabalhos que faço pela Comissão de Saúde por melhoria à população”, acrescentou.

 

 

Lucão disse que cutucaram uma ferida. “Ele tem quase quatros anos e não fala, não anda. É um avô com o coração na mão que está falando. Eu luto por tanta gente porque não posso lutar pelo meu neto. Gostaria que ele falasse, andasse e daria tudo que tenho para meu neto. Ele tem todos os direitos como qualquer pessoa tem, porque fazer maldade com meu neto. Mexem na minha ferida, no meu tendão de Aquiles”.

 

De acordo com Lucão, o neto foi submetido a uma cirurgia neurológica de 10h quando tinha um ano, no Hospital da Unicamp, de Ribeirão Preto. A cirurgia não foi suficiente e o neto enfrentou uma seria de tratamentos, como fisioterapia, equoterapia- método terapêutico e educacional, que utiliza o cavalo-, uso de medicamentos importados e leite especial, mas até momento sem êxito.

 

O vereador disse que o genro trabalha com vendas de automóveis e a filha dedica 24h à saúde do neto.“Tem mês que ele (genro) vende carros e tem mês que não e minha filha devido o tratamento parou de trabalhar para cuidar do meu neto que tem crise durante o dia, em passeio, de madrugada,confusão que nos obriga  sair correndo”, disse o vereador chorando. A família está juntando dinheiro para custear um novo medicamento que custa  quase R$ 2 mil o frasco.

 

O vereador Paraná Filho (PSB) sustentou seu argumento em prol do neto vereador citando um trecho do artigo 196 da Constituição Brasileira.“A saúde é um direito de todos e um dever do estado”, declarou.

 

O Marquinho Amaral (MDB) não gostou da atitude do secretário.“O neto do vereador tomou o leite como brasileiro, vivemos num país  que o SUS tem obrigação  de doar remédios de alto custo  para quem precisa. Será que existe uma  irregularidade em dar medicamento de alto custo para uma criança de quase quatro anos que não fala nem anda. Será que existe crime nisso, Palermo?,” questionou  vereador.

 

O vereador Leandro Guerreiro sustentou o argumento de coação. “Eu e Lucão fomos à Santa Casa e vimos algumas situações constrangedoras, 20 pessoas com riscos de saírem mortas, entubadas em salas improvisadas. A direção da Santa Casa que não larga o osso e não muda de direção esconde as coisas erradas e não tem transparência”.

 

Marquinho Amaral disse  que quer que o secretário Marcos Palermo divulgue documentos esclarecendo tudo o que aconteceu na pasta desde o dia 1º de janeiro de 2017 até o final deste mês.

 

Moises Lazarine (DEM), Cidinha Oncológico (SD), Robertinho Mori (PSDB), Sérgio Rocha (PSDB), João Muller (MDB), Edson Ferreira (PRB), Dimitri (PDT) também fizeram discursos endossando apoio ao neto do vereador.

 

Prefeitura. A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que não vai  se pronunciar no momento sobre o assunto.

Deixe seu comentário: