Sem subsídio, Suzantur alega que está próxima de entrar em colapso financeiro

Empresa não deve participar da licitação do transporte

Por saocarlosemrede.com.br

12/09/2017

O diretor da Suzantur, Claudinei Brogliato, confirmou em entrevista à POP FM que a falta de repasse do subsídio está levando a empresa de ônibus ao colapso financeiro em São Carlos. Em entrevista, ele admitiu que a Prefeitura deve R$ 5,6 milhões e os salários dos 460 trabalhadores estão ameaçados.  Brogliato disse que as empresas do interior paulista não conseguem sobreviver sem o subsídio. “A Suzantur entrou em São Carlos em agosto de 2016 num contrato emergencial que acabou em 27 de janeiro, de lá para cá, estamos sem contrato e trabalhando precariamente e sem subsídio, não se consegue operar sem o subsídio”, disse.

Brogliato ressaltou que o sistema de São Carlos tem muita gratuidade e que a Suzantur está sem receber desde 10 de janeiro. “A empresa está entrando em colapso financeiro, é preciso colocar o subsídio para dar rentabilidade ao serviço, senão não vira o transporte, esse subsídio de São Carlos é antigo e vem de anos”, observou.

Sobre o Ministério Público, Brogliato fala da ação em que o MP considerou irregular e sem efeitos a contratação da empresa. O MP pede a nulidade integral da contratação por certame licitatório emergencial, ao entender que o processo foi irregular, direcionado e tipicamente fraudulento, segundo os promotores. O MP pede ainda, o ressarcimento (devolução) aos cofres públicos dos valores pagos e o não pagamento a qualquer tempo, a título de subsídios ao transporte. A ação civil pública é movida pelo promotor Sérgio Piovesan, ajuizada em 16 de maio de 2017, em tramitação na Vara da Fazenda Pública de São Carlos. “Não há contrato, existe uma ação do Ministério Público, temos que respeitar a justiça, essa ação do MP foi impetrada em maio de 17, mas não recebi fevereiro, março, abril, maio e a empresa está entrando em dificuldades, pois presta esse serviço de janeiro até agora aguardando a definição da licitação”, ponderou.

Sobre a licitação, Brogliato foi claro: “A licitação não vai, não sai, impugna, faz isso e faz aquilo, portanto até quando nossa empresa terá que suportar isso? Porque você vai pedalando e empurrando contas para pagar, vou ter de colocar dinheiro na empresa todo o mês? Não tem como! Estou aguardando uma audiência com a Prefeitura e eles finalizarem essa licitação, tanto que na última declarei que não iria participar, não entendo porque adiaram, não sei o que aconteceu, mas deixei bem claro que não iria participar e que esperava apenas o ganhador para entregar a chave!”