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Por A Folha de São carloe e Região
12/07/2017
Deonir Tofolo, titular da pasta de Agricultura, destacou superfaturamento na compra de alimentos nas gestões passadas e novos ajustes para melhorar a transparência da licitação.
Folha SCR
O secretário de Agricultura e Abastecimento, Deonir Tofolo, informou ontem que conseguiu economizar quase R$ 700 mil na compra de merenda escolar. A redução aconteceu na compra de produtos cárneos e alimentos estocáveis- arroz, feijão, achocolatado, etc-, e foi possível após alguns ajustes no início do ano, como a mudança de pregão presencial para eletrônico. A Prefeitura nesse meio tempo ainda ganhou a confiança de fornecedores quitando uma dívida herdada de R$ 1,5 milhão.
A presença de superfaturamento nas compras de carnes e estocáveis foi descoberta em janeiro. De acordo com Deonir a Prefeitura chegou a desembolsar R$ 12,36 a cada kg de coxa sobrecoxa de frango. Este ano comprou por R$ 9,20- 34% mais barato (economia de R$ 112 mil no total). Teve alimentos que custou o dobro do preço atual. A Secretaria pagava R$ 16,38 a cada kg de achocolatado e R$ 1,40 a cada kg de sal iodado. Este ano a Prefeitura pagou R$ 7,57 (economia de 116%) na mesma quantidade de achocolatado e R$ 0,85 (64,71% mais barato) de sal. A economia de todos os itens totalizou R$ 686 mil.
O secretário de Agricultura disse que para baixar o preço do pregão teve que ajustar o preço médio do orçamento. De acordo com ele antes de janeiro, existia um ‘vício’ da Prefeitura fazer um edital com um valor bem alto dos itens alimentícios e consequentemente qualquer empresa que ganhasse o pregão forneceria produtos com preços acima do mercado para a Secretaria. Ao assumir a pasta, pediu uma relação dos preços do mercado e elaboraram um pregão com valores reais.
“Não era para acontecer esse superfaturamento. Se conseguimos só nesse primeiro semestre economizar mais de meio milhão, isso também poderia ter sido feito pelas ultimas gestões”, comentou Tofolo. “Como secretário, temos acesso de acompanhar do início ao fim uma compra e daria para perceber se tivesse um superfaturamento”, acrescentou. O secretário também lembrou que o possível pedido de propina no pregão- questão que está sendo investigado pela Polícia Federal- ajudou a reduzir o custo.
Além da mudança do pregão presencial para o eletrônico, Deonir credita também a melhoria por causa da economia feita na nova logística de estoque (diminuição de estoque), revisão e atualização dos termos de edital e pregão conforme a nova legislação, melhora nas cotações de produto e introdução de novos alimentos.
Dívida e falta de confiança. Ao jornal Folha São Carlos e Região, Deonir explicou que assumiu a pasta com uma dívida de R$ 1,5 milhão com fornecedores. As empresas que forneciam para Prefeitura tinham perdido a confiança e temiam fazer novas vendas, o que prejudicaria muitos serviços da pasta. A solução foi o convencimento. “Ligamos para cada fornecedor e pedimos para dar um voto de confiança para o prefeito Airton Garcia. Eles ganharam confiança em três meses pagamos a despesa do mês mais as dívidas atrasadas, que somavam R$ 1,5 milhão”.
Reformas e investimentos. O secretário informou ainda que o prédio da Agricultura estava bastante desgastado: vegetação alta, vazamento de tubulações com infiltrações internas, telhas quebradas, estrutura com ninho e fezes de pombo. O mato já foi cortado e outras medidas para revitalizar o espaço estão sendo tomadas. Além disso, reformou a cozinha comunitária de Santa Eudóxia e está revitalizando o restaurante popular do Cidade Aracy. A pasta manteve ainda recursos do Programa de Aquisição de Alimento e Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) do Governo Federal, em torno de R$ 1, 5 milhão, para agricultura familiar
Foto: Abner Amiel