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REDES SOCIAIS RECEBEM UMA ENXURRADA DE ‘SANTINHOS’

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Com palanque eletrônico liberado para 2018, candidatos investem nas possibilidades que a internet oferece.

 

Restando pouco menos de três meses para as eleições, que será dia 7 de outubro em 2018, tem sido cada vez mais comum se deparar com um pré-candidato a deputado estadual ou federal pelas redes sociais. Os ‘santinhos’ se apresentam de diferentes formas, seja em agendas oficiais com lideranças populares, participando de eventos de pré-campanha, ou até mesmo publicando propostas e as famosas promessas, muito comuns neste período.

Isso tem sido possível, pois diferente do que ocorreu nas eleições de 2014 e 2016, as redes sociais serão uma arma importante dos políticos. O Facebook, por exemplo, realizou alterações na plataforma para emitir nota fiscal de anúncios feitos para atingir seus usuários, o que possibilitará aos candidatos incluir este tipo de publicidade em suas campanhas e fazer a mensagem chegar mais longe.

Para o advogado em direito eleitoral e coordenador adjunto da Associação Brasileira de Direito Eleitoral e Político, Fernando Neisser, dois elementos justificam o aparecimento dos ‘santinhos’ nas redes sociais. O primeiro, já nas eleições de 2014, foi o entendimento do TSE de que os pré-candidatos pudessem se apresentar aos eleitores. Não pode pedir voto, porém, pode angariar apoios para sua futura candidatura. Outro fenômeno apontado foi a liberação dos links patrocinados nas redes sociais.

“Comparando com a eleição geral, de 2014, houve uma mudança da pré-campanha que passou a ser mais liberal, permitindo que os pré-candidatos falem de suas qualidades, dos cargos que estão disputando e peçam apoio. Não pode pedir voto, mas pode pedir apoio, inclusive nas redes sociais. De lá para cá mudou em 2017 também a permissão dos links patrocinados para campanha eleitoral”, explicou Neisser.

O calendário eleitoral permite propaganda política a partir do dia 16 de agosto, quando as candidaturas aos diferentes cargos em disputa estarão homologadas. Porém, de acordo com o especialista em direito eleitoral, existe uma dúvida se o pré-candidato pode usar os instrumentos de divulgação online uma vez que ainda não estão claros os mecanismos que permitirá fiscalizar quanto cada um está investindo neste tipo de ação.

“Há uma dúvida se o pré-candidato pode ou não usar isso [links patrocinados], uma vez que não há uma definição do TSE, porém, a jurisprudência firmada há cerca de duas semanas permite afirmar que o TSE diz que pode, desde que respeitado os limites de não pedir voto e as despesas em relação a isso sejam módicas, consideradas possíveis, ou seja, estabelece um conceito subjetivo”, disse.

Maior relevância 
Para o especialista em marketing político e eleitoral, Caio Manhanelli, a internet tem ganhado espaço nas campanhas nos últimos dez anos, intensificada a partir dos novos mecanismos sociais apresentados por ela. Manhanelli explica que a importância dela está sendo ampliada, principalmente por causa da proliferação do uso das redes através de smartphones, o que amplia o alcance da mensagem.

“Em relação a campanha é óbvio que isso tem ganhado relevância na política. O Facebook, por exemplo, tem um crescimento grande e tornou-se a maior rede do Ocidente, principalmente depois da campanha do Donald Trump, com a acusação sobre as empresas poderem utilizar os dados para estratégias e propaganda ideológica. Isso causou uma propaganda de que é possível influenciar as pessoas e até mesmo eleger o presidente da maior economia do mundo”, afirmou.

Manhanelli justifica a ‘febre’ da internet pelo poder que a ferramenta tem através da grande concentração de usuários, porém, alerta que os pré-candidatos não podem enxergá-la como alternativa única para a interação com os eleitores. “A internet tem que ser vista como uma plataforma e não um canal de comunicação. ou seja um ambiente de interação, sendo parte de um planejamento de difusão de mensagens. Esquecemos muitas vezes que existem outras formas de construção de redes sociais que muitas vezes são mais importantes do que o uso da internet”, finalizou.

 

Por Walter Strozzi | ACidadeON/Araraquara

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