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ALCKMIN X MAJOR OLÍMPIO: MAS E O PROFESSOR QUE APANHOU NA ESCOLA?

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Isso sim é importante!

 

Por Saocarlosemrede.com.br

16/09/2017

 

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Era previsível que Geraldo Alckmin e o PSDB enfrentassem protestos em São Carlos neste sábado, 16. Oras, em meio ao clima de tensão de um professor agredido numa escola do Estado, a questão do reajuste da categoria, surgiu também à figura do deputado Major Olímpio, PM, de São Paulo, e do partido Solidariedade.

Não dá para dizer que Olímpio “roubou a cena” porque essa expressão para um policial não pega bem, mas ficou bem claro que a aparição do deputado no meio de professores que protestavam contra a falta de aumento e segurança nas escolas pegou o tucanato estadual e local de calças bem curtas e comprovou uma coisa: até nas hostes da direita, o PSDB não é mais unanimidade.

Vi o ex-vereador Penha, combativo cidadão de São Carlos, ex-policial militar, dizer nas redes sociais que de todas essas viaturas que estavam estacionadas na Praça Coronel Salles apenas três ficaram para a cidade. Não estive na solenidade, pois estava num compromisso agendado há tempos em outro município, mas tenho que concordar com o Major Olímpio num ponto: só viaturas não fazem segurança. O PM precisa de salário digno e isso é urgente!

Os defensores de Alckmin, o prefeito Airton Garcia, o deputado Lobbe Neto, o vereador Leandro Guerreiro estão no seu papel, se acreditam no governo dele, devem realmente defende-lo, mas gostaria lhes perguntar uma coisa: os senhores foram saber do professor que apanhou no Orlando Perez? Foram até a casa dele perguntar se está precisando de algum apoio? Se ele está com medo de voltar a trabalhar? Se existe segurança pública atuante nesta região? Se ele está contente com o salário que recebe do Estado? São questões que julgo muito importante e ademais, um professor nunca é um vagabundo!

Pois bem, toda essa balbúrdia causada por Olímpio em São Carlos tem apenas o efeito midiático, o deputado chamou a atenção para aquilo que ele bem queria: a causa policial e depois embarcou no caso dos professores e também atacou seu adversário político. Alckmin, postulante a ser candidato a presidente da República, também se inflamou para não ser derrotado no microfone e falou dos R$ 50 mil que o deputado receberia do povo de SP. Diria que os dois empataram tecnicamente se estivéssemos num ringue de UFC.

Porém, o que realmente importa é saber quando o governo do Estado irá realmente olhar para o professor que é vítima de violência, isso é o que mais me preocupa nesse momento, porque esse caso de São Carlos não é isolado no Estado. A sociedade está doente de tal forma que nos preocupamos em coibir peças de teatro que tenham temática LGBT, como ocorreu no SESC Jundiaí e não nos atentamos para a violência que sofremos com a falta de saúde, segurança, transporte e emprego. Isso sim mata, ser LGBT e qualquer outra coisa do tipo, não.

Por isso, a contenda política dessa manhã em São Carlos serviu apenas para uma coisa: alimentar o folclore político, pois se dizia muito que Alckmin não vinha até a cidade e quando vem é surpreendido por um deputado gritando numa caixa de som.

De fato, São Carlos é uma cidade que vive na ripa e no caibro…

Renato Chimirri

Fotos de Maurício Duch

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