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Guilherme Dalla Dea: de São Carlos para o mundo

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São-carlense iniciou carreira em várias escolinhas e hoje comanda a seleção brasileira de futebol sub-15

08 OUT 2015 – 07h08
Do Portal SCA*
Ex-goleiro (amador e profissional), formado em Educação Física pela Fesc (Fundação Educação São Carlos), com trabalho bem executado em várias equipes de base de sua cidade natal e mais recentemente técnico do sub14 e sub15 do São Paulo FC.
Mas hoje, Carlos Guilherme Dalla Déa, 44 anos, comanda a seleção brasileira de futebol sub15. Contratado há 7 meses pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol), ele vai ter a missão de buscar o título no Campeonato Sul-americano, que acontece de 21 de novembro a 6 de dezembro na Colômbia.

Realizado com o bom momento que passa, Guilherme recebeu a reportagem do São Carlos Agora em sua residência na tarde de terça-feira, 6, para uma reportagem exclusiva, onde conta um pouco de sua vida até chegar a seleção brasileira.

Durante o bate-papo, Guilherme não se furtou a nenhuma pergunta e não esqueceu suas origens. Deixou escapar que esteve muito próximo de abandonar o futebol, uma vez que chegou a ficar sem receber salários quando atuava ainda em São Carlos.

A ENTREVISTA

Na sequência, a entrevista concedida por Guilherme Dalla Déa

COMO TUDO COMEÇOU

“Iniciei no esporte como goleiro amador e profissional e atuei pelo Lençoense e Estrela da Bela Vista. Em 1991 parei de jogar e ingressei na Fesc, onde me formei professor de Educação Física. Neste período fui treinador de goleiros no São Carlos Clube e depois técnico das escolinhas de futebol. A partir de 1995, ao lado de Thomas Tinton, fundamos a Gol de Placa. Depois trabalhei no CA Paulistinha, no São Carlos FC e por fim no São Paulo FC”.

DEPOIS SELEÇÃO

“Acredito que o trabalho que desempenhei no São Paulo me levou a seleção brasileira sub15 onde estou há 7 meses. Neste período fiz 4 convocações e disputamos três torneios internacionais (Itália, Venezuela e França). Neste período trabalhei com 73 atletas de todo o Brasil, que foram indicados por cinco observadores. Trabalhamos em conjunto e eles não os “nossos olhos”. A meta é formar um grupo para disputar o Sul-Americano da Colômbia”.

QUAL CRITÉRIO?

“A maioria dos atletas vem de clubes tradicionais, que são formadores e investem na base. Mas os clubes de menor expressão também são observados e se tiver um atleta com potencial, será convocado”.

FUTEBOL ARTE

“Agora vamos fazer uma convocação final (22 jogadores) que passará por um período de 10 dias de preparação em novembro. A CBF passa por um novo projeto que pretende resgatar o futebol arte e técnico de antigamente já nesta categoria. Um futebol solto e criativo. É uma nova metodologia onde pretendemos captar atletas e trabalhar ele até a seleção principal e entregá-los pronto para o técnico Dunga”.

LONGO PRAZO

“Este é um trabalho a longo prazo e que exigirá comprometimento de todos. Não só da comissão técnica de cada categoria (sub-15, sub-17, sub-21), mas sim, o comprometimento do jogador. Que ele sinta orgulho em vestir a camisa da seleção brasileira. Por isso hoje, procuramos avaliar cada atleta em sua posição que tenha potencial e que possa ser acima da média”.

EXTERIOR?

“Queremos fazer um trabalho e não permitir que os nossos talentos vão para o exterior precocemente. Hoje temos uma escola de formação de técnicos na CBF que procura formar profissionais para trabalhar com cada atleta, respeitar as culturas regionais brasileiras. Com isso a meta é evitar assédio de clubes de outros países e fazer com que cada atleta ‘suguem’ o máximo da gente. Nosso trabalho é poder dar embasamento para que eles sigam nas seleções acima e só saiam do Brasil quando forem atletas formados e experientes. Enfim, que sintam amor e respeito ao defender a seleção do nosso país”.

NO SUL-AMERICANO?

“A nossa pretensão é montar uma equipe que proponha o jogo. Que os atletas joguem soltos e alegre e consequentemente buscar o resultado de forma consistente e com muita intensidade. O título será consequência do trabalho. Mas posso dizer que minhas equipes jogam no ataque. Acredito que a melhor defesa é o ataque. Mas os atletas irão ser responsáveis em cada apresentação, sabendo lidar com a pressão e se orgulhar em vestir a camisa da seleção”.

ORGULHO

“Hoje me sinto orgulhoso e posso dizer de ‘boca cheia’ que sou honesto em tudo que faço, que é com muito amor de dedicação. Passei por muitas dificuldades até chegar aqui, mas se tivesse que passar novamente por todos os obstáculos, faria novamente. Lembro que, quando trabalhava em São Carlos tive oportunidade para deixar o futebol e até desistir desta carreira, pois passei por maus momentos. Fiquei sem receber salários por três meses. Mas fui persistente e meu sonho se tornou realidade. Hoje estou na seleção brasileira sub-15 e enriqueço meu currículo ao poder trocar informações com técnicos do Brasil e do exterior e com profissionais da mais alta qualidade. Quanto ao futuro, deixo na mão de Deus. Mas hoje me considero feliz e realizado”.

 

Guilherme durante a reportagem em sua residência: “estou orgulhoso e me sinto realizado. Foto: Marcos Escrivani –

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